Está preparado(a) para uma adopção?
Tenha em conta que:
- Vai ter alguma despesa com a aquisição de algumas
coisas que ele necessita (sanitário - wc, areão para o wc , comida,
desparasitante, vacinas….).
- O gato tem que ser vacinado e desparasitado.
- Pode ficar doente e terá que ser tratado
convenientemente.
- Vai ter cio e precisará de ser
esterilizado/castrado, para pôr fim a noites de grande desassossego e evitar
doenças e ninhadas indesejadas.
- Terá que ter cuidado com portas e janelas para
que ele não fuja.
- Terá que colocar a salvo alguns objectos mais
preciosos, mesmo os das prateleiras mais altas, porque os gatos possuem uma
grande mobilidade.
- As cortinas e sofás podem vir a sofrer algum
desgaste.
- O seu amigo vai precisar que brinque com ele
alguns minutos por dia.
- Terá que encontrar alguém que tome conta dele
durante as férias.
- O gato vai viver muitos anos ao seu lado e NÃO É
UMA PEÇA DE MOBILIA QUE POSSA DEITAR FORA.
Mas lembre-se também que são muitos e bons os
motivos que tornam cada vez mais popular este animal de estimação:
- Possuir um animal de estimação é uma fonte de bem
estar para os seus donos (embora seja discutível se na verdade alguma vez somos
“donos” de um gato).
- Representa uma companhia mais ou menos discreta
(conforme o temperamento do gato).
- O gato não precisa de ser passeado todos os dias.
Ele utiliza dentro de casa um sanitário próprio. Adapta-se muito bem aos ritmos
de vida mais preenchidos dos seus donos.
- É um animal independente, que convive bem com a
solidão e que passa uma parte muito significativa do seu dia a dormir (cerca de
16 horas por dia).
- É um animal geralmente saudável.
- A despesa com a alimentação, que existe, não é
significativa.
Cada vez mais pessoas se rendem aos encantos destes
felinos, tornando-se seus companheiros inseparáveis. Pondere os prós e contras
e junte-se a nós. ADOPTE RESPONSAVELMENTE.
Muitos dos gatos e cães que todos os dias encontram
a morte, já foram um dia o eleito de alguém que se fartou deles.
Não se esqueça também, que um animal não pode ser
imposto a ninguém: se não mora só, é importante que todos os elementos da casa
estejam disponíveis para conviver com o gato.
Acho que conheço alguém que deve gostar de ter um
gato. Devo oferecer-lho?
Apenas se o conhecimento que tem dessa pessoa for
de tal forma que possa estar absolutamente certa que ela quer ter um gato.
Não é por acaso que no mês de Janeiro vemos crescer
o número de animais abandonados.
Muitos foram uma prenda de Natal, que afinal não
era desejada.
Se não tem a certeza absoluta que a pessoa a quem
pretende dar o gato o quer, e mais ainda, que esse futuro dono sabe bem quais
as implicações, despesas e responsabilidades que estão associadas, nunca
ofereça um gato. Corre o risco de que ele possa ser negligenciado e inclusive
abandonado.
Não gosto de gatos, mas os meus filhos insistem em
querer um. Deve adopta-lo?
As crianças adoram animais. Pode ser o caso dos seus
filhos.
Mas não adopte um gato apenas para lhes satisfazer essa vontade.
A
decisão deve depender também da sua vontade. Se lhes der um brinquedo que eles
não apreciem muito, basta que o coloquem de lado.
Mas o gato é um ser vivo, que
não pode ser deitado fora. Se não estiver preparada para todas as responsabilidades
que ter um gato representa, não ceda às pressões dos seus filhos.
A escolha do seu novo amigo Se tem a certeza do que
significa a adopção de um gato e pretende ter a companhia de um destes queridos
amigos, então veja na nossa base de dados se algum dos candidatos a
adopção pode tornar-se dono de um bocadinho do seu
coração.
Lembre-se que no gatil há muitos mais gatinhos
encantadores que o esperam.
Com um mundo de esperança nos olhos....
A integração do gato na nova casa
A integração do gato na nova casa é uma fase
determinante, já que este pode ser um processo difícil para o animal. Os gatos
são animais medrosos, e ele vai entrar num mundo em que tudo é desconhecido.
Todos os cheiros são diferentes, as pessoas, as coisas que o rodeiam são novas
para ele, provocando-lhe insegurança.
Claro que há alguns gatinhos que chegam e
se comportam como se toda a vida ali tivesse vivido, mas é natural que tal não
aconteça.
A sua ajuda é muito importante para que o gato
rapidamente possa sentir-se “em casa”.
Se vai mudar de casa, também essa mudança deve ser
preparada de forma a que o gato sofra o menos possível com a alteração ao seu
mundo.
No entanto neste caso, porque ele já se sente um membro da família, o
processo será mais simples.
Portanto, colocam-se muitas questões, para as quais
é importante que o novo dono tenha algumas pistas para a melhor actuação.
Eis
algumas respostas para as dúvidas que frequentemente se colocam:
- Qual o material indispensável?
Deve ter disponível o WC do gato (se ele chegar
inesperadamente, improvise com uma tampa de cartão e tiras de papel de jornal),
até conseguir adquirir o WC próprio.
Deve também ter uma tigela com água e uma tigela
com comida mas deve afastá-las do WC, por causa do cheiro.
Coloque uma caminha (cesto com uma manta ou
almofada), num local confortável e de preferência num sítio com luz.
No caso de se tratar de um gatinho bebé ou jovem,
deve também providenciar umas bolinhas para brincadeira que podem ser
improvisadas com papel.
Claro que gatos adultos também brincam, mas para os
mais jovens, esse pode ser um excelente meio de aproximação. Os gatinhos não
conseguem resistir a uma boa brincadeira.
- Adoptei um gatinho bebé. Ele vai saber utilizar o WC?
Os gatinhos bebés começam a utilizar o wc com areão
com poucas semanas de vida. Antes das 4 semanas já é habitual que o façam sem
qualquer problema.
Como os gatinhos devem ser adoptados, desejavelmente, aos
dois meses, não deve correr grande risco de que ele falhe.
- Quais os cuidados de segurança?
É muito importante garantir que todos os acessos ao
exterior, tais como janelas, portas da rua ou portas de terraço, estão bem
fechados.
É natural que o gato tenha tendência a esconder-se
no primeiro buraquinho que encontrar, portanto para facilitar a aproximação,
deve fechar alguma zona que tenha muitos esconderijos, e deve fechar os
armários e as gavetas.
Deve também arrumar todos os sacos com asas, de
plástico ou mesmo de papel, que tenha na casa, porque se o animal ficar preso
numa das asas do saco, pode sufocar e mesmo morrer.
Caso o gato seja ainda bebé, deve fechar todos os
buracos que existam na casa, por exemplo um tubo de respiração que não está
devidamente fechado e até o pequeno buraco que alguns bidés possuem na parte
traseira.
- Quando o gato se esconde, o que devo fazer?
Perante um espaço completamente novo, é natural que
o animal fique assustado e tenha a tendência de se esconder num canto,
normalmente pequeno e escuro. Nesta situação não deve forçar a saída e deve apenas
aguardar que a confiança do gato aumente e desta forma surja a coragem para que
o animal enfrente o mundo exterior.
Em situações mais constrangedoras para o animal,
deve aproximar comida e certificar-se que o gato come. Se o gato não comer
durante dois dias, deve procurar a ajuda imediata de um veterinário, porque
pode indiciar que se encontra doente.
Note porém que não é de esperar que o gato
permaneça tanto tempo escondido.
Não o pressione, mas vá falando, fique na divisão
em que ele se encontra, ajude-o a perder o medo.
- Quais os cuidados a ter nas situações em que existem já outros animais em casa?
Se na casa existem outros animais, em especial cães
ou gatos, deverá ter alguns cuidados nos primeiros dias, pois é normal que
existam reacções agressivas. A forma mais fácil de minimizar os eventuais
problemas é através de uma aproximação gradual.
Para isso, e caso verifique que os animais entram
em brigas, deve manter o animal que acaba de chagar numa assoalhada com roupas
que tenham o cheiro dos outros, por exemplo uma manta, e fazer o contrário com
os habitantes mais antigos.
Após existir familiarização com os cheiros será
mais fácil a aproximação física.
É quase certo que os primeiros dias vão ser de
animosidade entre os habitantes da casa e o novo animal. Por isso convém que
esteja sempre presente nos primeiros contactos.
Nos primeiros dias, quando se
ausentar, mantenha o novo animal isolado dos outros, para que não corra o risco
de ser atacado.
Segundo a experiência, os primeiros dias são
complicados, mas após essa fase é natural que todos os habitantes estejam em
harmonia.
- Passado alguns dias, os animais em casa ainda não se dão bem. Significa que será impossível aproximá-los?
A aproximação dos animais pode demorar algum tempo,
não é possível indicar o tempo normal, pois varia muito de situação para
situação, mas na maior parte dos casos bastam entre 3 a 5 dias para que os
animais comecem a aproximar-se e gradualmente a estabelecerem contacto e claro
a iniciarem grandes brincadeiras. Deverá dar o tempo que eles estabelecem e não
devem forçar a aproximação.
- Após a integração do animal, se existir uma mudança de casa devemos ter algumas preocupações?
A mudança de casa, mesmo após muitos anos de convivência,
é um processo difícil para os gatos, pois perdem as referências, por exemplo,
dos cheiros familiares, e consequentemente a segurança. Portanto, deve fazer a
integração de forma calma e acompanhar o seu animal mas primeiras horas para
lhe transmitir segurança.
Se tiver mais do que um animal, deve fazer a mudança
de todos ao mesmo tempo pois assim evita conflitos de territorialidade que
ocorrem na mudança faseada.
- Como tornar mais fácil a integração do gato?
O facto do gatinho se esconder, fugir, ou até mesmo
rosnar, são apenas atitudes de defesa perante um mundo completamente novo.
A
forma de diminuir o tempo desta fase de angústia para todos, é através da
transmissão de segurança, isto é, através de uma aproximação gradual sem
sobressaltos e fundamentalmente através de umas boas doses de miminhos.
Com o tempo o gato irá ganhando confiança e irá
demonstrar a sua satisfação ao substituir o rosnar por ronrons :)
Sem comentários:
Enviar um comentário