- Desparasitação
Um dos principais cuidados básicos de saúde a ter com o seu cão é a desparasitação. Os cães
podem ser infestados com vários tipos de parasitas: os externos (ectoparasitas) geralmente
animais, como as pulgas, carraças, ácaros e piolhos. Existem também os parasitas internos
(endoparasitas), que se alojam essencialmente a nível do tubo digestivo.
- Parasitas externos
Pulgas - são pequenos animais pertencentes à classe dos insectos. Existem centenas de
espécies de pulgas, sendo que só algumas são parasitas do cão.
Se as condições forem ideais (proliferam-se preferencialmente nos meses mais quentes), as
fêmeas podem colocar entre mil a dois mil ovos, que se irão alojar não só no pelo do cão como
por exemplo em tapetes e carpetes. Quando os ovos eclodem e após várias metamorfoses,
surge a pulga adulta, que é o parasita definitivo.
A pulga irá então alimentar-se do sangue do cão, perfurando a pele deste através das suas
peças bucais.
Existem várias doenças provocadas pela picada da pulga. Para além da comichão que
provocam, os cães estão sujeitos a terem uma reacção alérgica a essa picada, provocando-lhe
queda de pêlo, um prurido intenso e feridas devido ao cão coçar-se. As pulgas podem também
ser agentes transmissores de vários agentes patogénicos e parasitas.
Carraças - são animais da classe dos aracnídeos, de cor geralmente vermelho-acastanhada,
corpo achatado, e nas quais é possível distinguir o macho da fêmea, tendo estas um abdómen
de maiores dimensões.
Tal como as pulgas, as espécies de carraças que são parasitas dos cães alimentam-se do
sangue deste, fixando as suas peças bucais na pele e inoculando uma saliva especifica que
solidifica e ajuda a carraça a fixar-se. Para além do incómodo que elas provocam no animal, as
carraças podem transmitir doenças como a Babesiose e a Erlichiose (a febre da carraça).
- Parasitas internos
havendo parasitas específicos para cada zona do tubo digestivo, existindo vários géneros e
espécies, como as ténias e as lombrigas, os vulgarmente conhecidos por "vermes".
Alguns dos sintomas de que o cão tem parasitas internos são: vómitos, diarreia (nos quais
muitas vezes são visíveis os parasitas), emagrecimento (por exemplo no caso dos cachorros
pode-se verificar um certo inchaço na zona abdominal e anemia ).
Estes parasitas podem ser transmitidos através da ingestão dos seus ovos (encontrados na
água, comida, etc), transmitidos pela mãe aos cachorros ou através de hospedeiros
intermediários, como as pulgas.
- Prevenção/Tratamento
mesmo prevenir! Visto que eles podem apanhá-los em qualquer local, como relvados, passeios
ou em contacto com outros animais convém não só utilizar produtos específicos para endo e
ecto parasitas como também manter o local onde o cão habita em boas condições de higiene.
No caso dos parasitas externos, existem vários anti-parasitários disponíveis no mercado, que
podem ser específicos para um só parasita, ou para vários, na forma de coleiras, champôs,
sprays, comprimidos, ampolas, etc, sendo que alguns donos optam por utilizar mais do que um
produto ao mesmo tempo, entre as várias marcas referimos: Pulvex spot, Frontline, Advantage,
Advantix, Program, entre outros.
É igualmente de referir que nem todos os produtos agem com a mesma eficácia em todos os
cães, e que nenhum é 100% eficaz. Podendo inclusive haver reacções alérgicas por parte dos
cães a alguns produtos. Aconselhe-se com o medico veterinário do seu cão em relação a
eventuais duvidas.
Quanto às desparasitações internas, convém que sejam sempre orientadas pelo veterinário.
Usualmente são administrados comprimidos, como por exemplo o Drontal plus, num plano de 4
em 4 ou de 6 em 6 meses. No caso dos cachorros, estes poderão ser desparasitados a partir
das 2 semanas e depois uma vez por mês, até completarem 6 meses.
- Vacinação
do que remediar, portanto vacine o seu cão para prevenir o aparecimento de doenças cujo
tratamento sai sempre muito mais dispendioso quando comparado com o preço das vacinas .
Lembre-se as doenças contra as quais as vacinas protegem são muitas vezes fatais para o seu
animal e inclusive algumas são transmissíveis ao homem. Todos os cachorros devem ser
vacinados o mais cedo possível após as oito semanas de idade variando o plano de vacinação
consoante a situação epidemiológica das várias doenças em cada zona geográfica.
Para aumentar a eficiência da resposta imunológica, os cães só devem ser vacinados se
estiverem em boas condições de saúde, isso é verificado pelo veterinário através de um exame
minucioso ao cão.
Os cães são normalmente vacinados contra a raiva ( vacinação obrigatória por lei), esgana,
hepatite contagiosa, parvovirose, parainfluenza, leptospirose, tosse do canil e babesiose; as
vacinas que protegem destas doenças são dadas em doses ás 6-8, 12 e 16 semanas de idade,
com excepção da vacina da raiva que é administrada entre os 3 e os 6 meses de idade, depois
só se tem de fazer um reforço anual .
Após as vacinas, durante um período de 10 a 15 dias, deve-se evitar submeter o cão a
esforços físicos e lavagens, assim como se deve evitar que ele entre em contacto com
ambientes contaminados.
Depois de administrar-se as vacinas, os cães podem ter reacções ligeiras e curtas que se
traduzem por febre ligeira, dores musculares e sonolência . Raramente ocorrem reacções mais
fortes cujos efeitos secundários se traduzem por um inchaço no rosto, erupções cutâneas e
vómitos , caso isto acontecer deve dirigir-se imediatamente com o cão ao veterinário mais perto
de si.
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